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Há uma grande curiosidade nas pessoas que visitam Cusco e vêem os nomes das ruas e praças, TODAS ou a maioria delas, SÃO EM QUECHUA. Isto leva-nos a outra dúvida, porque foi que cada rua adquiriu um nome como esse. É por esta e muitas outras razões que neste texto vamos contar as histórias e a razão dos nomes das ruas mais próximas do hotel.
Desfrute!
Na época do império inca, o som do pututu ou corno reunia os habitantes de Qosqo nesta pequena praça para que tomassem conhecimento das ordens do monarca, que eram gritadas em voz alta pelo "aqorasi" e repetidas pelo "tucuy-Ricuy", os governadores omniscientes. Uma espécie de polícias.
Esta foi a origem do nome desta pequena praça que hoje é incorrectamente chamada "Llacpampa", um nome muito diferente de Rimac Pampa ou do pampa de que fala.
Os antigos Cusqueños chamavam a esta pequena praça "Huchuy RimacPampa" porque era o palácio onde viviam os "Willaq-uma" ou sumo sacerdotes dedicados ao culto do Sol. Foram eles que anunciaram as diferentes festividades do culto antes de entrarem no Qorikancha. Os restos das paredes de pedra do palácio referido em "Annunarium Dominicanis" ainda podem ser vistos.
Este é o nome dado à pequena rua pelos vendedores do mercado na Plaza de la Catedral, porque costumavam esperar lá e roubar os índios que traziam cogumelos durante a estação das chuvas, o que deu origem ao curioso nome de "Qoncha-calle" ou "Calle de las Setas", porque o cogumelo é Concha na língua quíchua.
Esta viela situa-se hoje entre o que é conhecido hoje como Calle de Maruri e a Plazoleta de Santo Domingo.
O autor de "Annunarium cuschensiset rebus notabilis" relata que um espanhol de apelido Corcuera chegou a Cusco trazendo plantas que eram desconhecidas nesta cidade, entre elas o rosmaninho, que cultivava em vasos. A diligente capela disse àqueles que compraram o alecrim: "que esta planta tinha propriedades curativas, porque segundo uma tradição muito antiga, a Virgem Santa secou em arbustos de alecrim na noite de 24 de Dezembro, era um remédio eficaz contra doenças e ladrões. Algum tempo depois, Corcuera voltou a Lima, e pessoas maliciosas destruíram o arbusto de rosmaninho plantado naquele beco, deixando apenas o nome.
Nesta rua pode ver-se à esquerda os restos das paredes de pedra polida do antigo palácio chamado "Puma-marka", que se estendia até à Calle de la Pelota, ou Calle Cancha de Santa Catalina, e que termina perto do Qorikancha. Inicialmente chamava-se Calle de Maldonado, porque Don Diego, o conquistador, mandou construir ali quatro casas, e muitos anos mais tarde, chamava-se Calle de Maruri porque um advogado chamado Maruri de la Cuba abriu ali o seu escritório, e como não tinha clientela, mudou-se para Lima onde se tornou juiz.
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